Angelita Francis: Garota Cor de Fogo.

Sobre o que aflora.
sexta-feira, 28 de maio de 2010
Voltar...


Voltar a fumar. Voltar a ver as coisas como antes. A olhar para as pessoas e enxergar um pouco mais de satisfação, confiança. Voltar a sorrir como uma hiena. Por que não?!
Voltar ao passado? Não sei, mas ele tem me perturbado. Ele lá diante de um mar lindo e absoluto, diante do pecado e da pureza, diante de tudo que ao mesmo tempo é belo e feio e mesmo assim teima em me chamar pra perto, mesmo eu não sabendo se quero ir, se quero recusar.
Ainda bem que podemos voltar que podemos fazer de novo até conseguir. Doses diárias de rejeição para mim por enquanto, mas estou indo só de encontro ao caminho da verdade sem mãos entrelaçadas, sem companhia para um chope, sem meu romantismo habitual, sem falta de ar, apenas com o coração pulsante para o futuro, pensando em voltar, pensando em me encontrar. Deixar meus dramas, os mexicanos, um pouco de lado.
“Vou ser feliz e já volto!”.
postado por Angelita Francis @ 06:07   0 Fale com ela

segunda-feira, 24 de maio de 2010
Volver

yo adivino el parpadeo/de las luces que a lo lejos

van marcando mi retorno/siempre se vuelve al primer amor

la vieja calle donde el eco dijo/tuya es su vida, tuyo es su querer,

bajo el burlón mirar de las estrellas/que con indiferencia

hoy me ven volver/Volver...

con la frente marchita/las nieves del tiempo

platearon mi sien/sentir...

que es un soplo la vida/que veinte años no es nada

que febril la mirada/errante en la sombra

te busca y te nombra/vivir...

con el alma aferrada/a un dulce recuerdo

que lloro otra vez/Tengo miedo del encuentro

con el pasado que vuelve/a enfrentarse con mi vida...

Tengo miedo de la noche/que pobladas de recuerdos

encadenan mi soñar.../Pero el viajero que huye

tarde o temprano detiene su andar.../Y aunque el olvido, que todo destruye,

haya matado mi vieja ilusión,/guardo escondida una esperanza humilde

que es toda la fortuna de mi corazón./son las mismas que alumbraron

con sus pálidos reflejos/hondas horas de dolor

y aunque no quise el regreso.

postado por Angelita Francis @ 05:28   0 Fale com ela

sexta-feira, 21 de maio de 2010
Com Base e À Base dos Textos de Martha.
Talvez porque eu tenho lido crônicas demais dela. Talvez Martha porque é o que me impede de ligar, o que me impede de perder o controle, o que me apetece no momento. Nela eu encontro o apoio, o mesmo apoio para os alcoólatras, os abstinentes... Como um dia de cada vez e tem funcionado. Com ela eu tenho olhado mais para dentro, mas sem esquecer de olhar em volta.
Estou vivendo esses trinta dias à La Martha Medeiros e não tenho vergonha de anunciar aos quatro ventos. È, talvez eu devesse consultar um profissional, mas ela tem me confortado, tem me dado o alento que talvez eu não encontrasse num divã. É de graça. É só abrir o livro Doidas e Santas (que é o que tenho aqui no momento) e ‘BAM!’ acabo me identificando com algum trecho, pegando alguns puxões de orelhas pelas coisas absurdas que eu maquino aqui. Ah! E ela ainda me indica livros e filmes maravilhosos. Tô amando descobrir Martha tem sido para mim além de conselheira, vidente, lâmpada mágica, cigarro, coca-cola, ou seja, quase necessária, mas mais do que isso tem sido inspiração para eu sentar o rabo na cadeira e escrever o meu sonho.
Tendo dito isso, visto e vivido, não importa se tenho trinta, se fiquei solteira recentemente, se ainda o amo, se meu emprego não vai lá muito bem, se ando sem dinheiro há muito tempo, se sou amada por meus amigos, se minha infância foi perfeita, se perdi meu pai, minha vó, se minha relação com minha mãe é um desgaste só, o que importa mesmo é que tudo isso faz parte da minha busca pelo conhecimento intelectual para amadurecer.
Afinal já dizia Sartre: “não importa o que fizeram com você, importa é o que você fez do que fizeram com você”.
Meia volta volver, dois passos para frente e um para trás, tanto faz, apesar de Martha eu reconheço que devo voltar à minha natureza, voltar à minha fortaleza – aquela que Marcinha (te amo amiga!) falou que existe dentro de mim e que eu havia esquecido num canto. Voltar com coragem, mas cuidado, com as minhas qualidades e defeitos, pureza e pecado sempre na bagagem, sem me perder novamente. E reconhecer a verdade:
“Os homens passam, mas as mulheres não morrem”.

E ainda e simplesmente porque ele foi embora me amando ou não, e justamente por isso que eu devo seguir sozinha mesmo mergulhada na dor e sobreviver a isso e construir algo de novo, e principalmente sempre seguir acreditando no amor.
E no ‘Poema Filmado’ eu vou levar comigo a poesia no olhar e a crença na existência de um “Amor pra vida toda e mais seis meses!”, como tio Alex disse.
postado por Angelita Francis @ 11:31   1 Fale com ela

segunda-feira, 10 de maio de 2010
Lágrima Com Coca Cola

Eu já chorei tanto que me deu sede de Coca-Cola.
Sede exaustiva de tanto soluço, de tanta perda.
Desespero pelo açúcar e o negro da Coca.
O negro luto da Coca de uma vez por todas
De todas as formas possíveis. Nunca mais há de ser!
Negro como o vidro do teu perfume
encostado nas minhas coisas
me assombrando.
Negro que amedronta
Lágrima que liberta mais um pouco
A cada gota escorrida
Cada gota enxugada.
Lágrima que vai e vem
Como você e todos os outros
Como os beijos no negrume da noite
No negro dos olhos de quem encaro
Na luz das estrelas que deslocam o negro
Negro da Coca que me liberta aos poucos.
postado por Angelita Francis @ 07:18   1 Fale com ela

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Ela


Nome: Angelita Francis
Lar: Cidade das Mangueiras, Pará, Brazil
Sobre Ela: Ando perdida em meio à multidão de palavras que me cercam.
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