Angelita Francis: Garota Cor de Fogo.

Sobre o que aflora.
quinta-feira, 29 de novembro de 2007
Canteiros

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postado por Angelita Francis @ 08:00   0 Fale com ela

Adaptação
Seus olhos úmidos cerram-se quando ela vem à memória.
Têm havido tanta coisa em sua vida, menos felicidade.
Nada lhe traz alegria:
O dedilhado ao violão e as notas tristes que dele brotam;
O nascer de mais um dia claro ou azul;
das coisas que dizem;
das pessoas que encontra...
Ele queria ter o mato,
o gosto de framboeza na boca
e correr entre as vegetações...
Algo que escondesse a tristeza.
Tão moço pra infelicidade
Tão moço pra morte

Cuidar da vida lhe falta
e olhar pra frente também!

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postado por Angelita Francis @ 06:12   0 Fale com ela

sexta-feira, 23 de novembro de 2007
Ao Vigilante Interno



Caro vigilante interno,

Sei que habitas dentro de mim como as caixas que não abrimos mais e largamos nelas nossos anos mais sólidos. Lá, onde as despedidas foram orquestradas; onde cantarolei baixinho aquela canção que me traz lembranças, ora boas, ora ruins, e nas fotos amareladas pelo tempo de uma existência que ainda não sabe para o que veio...
Sei também que você está aí a espreitar as minhas horas calmas e serenas para de repente aparecer numa ponta de ansiedade e medo que me inundam de defesa e ressentimento.
Por que você é assim tão amargurado! Porque simplesmente não me deixa viver o que tenho vontade sem que brotem em minha consciência, as inconstâncias insuperáveis de se fazer existir? Que droga! Vá cuidar da sua vida um pouco e deixe a minha quieta para as experiências furtivas e alegres. Por que você sempre tem que estar comprometido com algo? Relaxa vai!
Você parece uma bomba relógio pronta pra explodir aqui nas minhas entranhas e toda vez que me sinto segura, satisfeita, desejada você vem com aqueles sentimentos mesquinhos e inoportunos de desânimo e descrédito no ser humano.
Ah! E outra coisa: quando você perceber que estou em momentos íntimos com alguém especial e que a qualquer momento eu vá entregar-me ao deleite, por favor, não seja inconveniente, suma pelas próximas 24 horas ok?!
Assimile a idéia de que eu não te amo, não desejo a sua presença e nem estou a fim de divagações sobre o meu ‘eu’.
Agradeço se você levar em consideração essas palavras e ficar aí quietinho com os seus ‘ais’ que nada acrescentam à minha vida.
postado por Angelita Francis @ 06:25   3 Fale com ela

quarta-feira, 21 de novembro de 2007
Paixão Brutal
Neste retrato que você fez de mim os meus lábios inferiores endureceram meu perfil ou quem sabe por estar com a feição carregada de tanta dúvida, tanto apego.
Mais perfeito ainda é a lembrança de não saber do início e muito menos do fim. Com você, meu brutamontes mais doce do mundo! Eu era inocente de novo e até dada a ilusões.
Antes passava os dias tentando decifrar tua arquitetura perfeita e jovem, tascando beijos indecorosos e percebendo em cada gemido de amor o despertar do meu nome em tua boca: -‘Geninha’.
Os nossos ‘Programas Normais’ passavam despercebidos ante ao sexo e eu só enxergava os teus olhos calmos, duros, doces e pueris, mas não enxergava a mim mesma.
E quanto mais nervoso, e quanto mais calmo estavas, mais te sentia distante, radical numa rotatividade de sonhos mutáveis em um segundo ou dois.
Aquelas noites de entregas discrepantes não me saem da cabeça, são conjugações ocultas ou equações matemáticas indecifráveis para alguém como eu, sempre presa às ânsias inacabadas.
Depois de tua partida do meu ser passo o dia inteiro com as mãos postas no teclado do meu Notebook burguês, ora pregando as estratégias de marketing as quais me proponho, ora desatinando em prosa e poesia o amor entre as pessoas e sonhando com um para mim – verdadeiro, puro e apaixonado.
Tento até hoje decifrar aquele olhar de desejo que despejastes em mim no último encontro, mas não era nada, então porque eu penso? Ele que deveria pensar! Aliás, não quer pensar não pense, não quer sair não saia... Nosso amor deixou um saldo no meu coração: a carteira de CARLTON que você esqueceu na bolsa; a camisinha aromática e os vinte reais para o Mini – Motel da área Comercial. Nunca mais, ouviu bem? Nunca mais verás o meu corpo se preparando para se entregar ao seu e nem verás o meu coração latejar de amor no mesmo compasso. Nunca mais!
No teatro montado sob a escrivaninha há o copo de vinho; o cigarro que finjo fumar e os livros de poesias abertos como inspiração. Dois segundos depois vibra o celular na madeira velha e o clima de sofrimento poético se esvai. Derrubo o vinho e apago o cigarro. Do outro lado você fala: - ‘Genalva, vem me buscar que eu estou odiando’ Saí com a esperança sentada ao meu lado no banco do carona para ir ao seu encontro para salvar-te do mundo e me salvar também.

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postado por Angelita Francis @ 05:17   0 Fale com ela

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Ela


Nome: Angelita Francis
Lar: Cidade das Mangueiras, Pará, Brazil
Sobre Ela: Ando perdida em meio à multidão de palavras que me cercam.
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