
Em mim mora um desejo de amar teu corpo como se fosse o último e esfrego meus olhos para conter aquela lágrima certeira, agridoce que teima em me inundar evidenciando todo o meu sufoco de me saber apaixonada... Mas por que por ti? Em mim ainda habita a ânsia de te ver, de contar teus passos em minha direção, mas não vens, não deixas recado, sempre off line pra mim. Em mim há a dualidade em me deter e ao mesmo tempo de me jogar em teus braços, me apoiando naquelas lembranças tão frescas, tão próximas da minha realidade, e mesmo assim eu fantasio, pinto cores na minha cabeça pra sonhar com você. Quão distante estás ao certo? E as tuas estradas vicinais que não conheço? Será que nunca vou trilhá-las? Nunca descobrir os atalhos que me levam a um caminho de terra batida e de grama verde esperança? Em mim ainda sem força pra te ignorar pisca como farol de luz alta toda a iniciativa em ter todas as iniciativas e mesmo que eu queira a morte de todas as coisas contraditórias e duvidosas de você para mim e de mim para você, mesmo assim não quero deixar de vivê-las. Qual açoite me serve agora? Serei forte por me atrever a me jogar no abismo desta relação ou ele o fraco por não ter coragem de ter ao menos uma visão panorâmica deste precipício? Daí encontrei em algum poema que li: "A fraqueza está no muito querer e no quase nada doar" Marcadores: Angelita, Marilyn, Texto arrancado de Ana |