Ela não sabe amar de outro jeito, a não ser este: errado, egoísta, confuso, difuso... Amar errado sempre quando começa a sentir-se feliz e segura. O vigilante interno que habita dentro dela, sugando o que ela tem de mais jovem, sempre ressurge e domina, e avança, e ameaça, e destina que talvez a solidão seja a única saída para quem ama assim: precisando tanto, lutando tanto, amando tanto sem rumo, sem dono, sem norte, sem freio. E agora, no seu abandono, anda por aí com o coração aos saltos e com o desejo à flor da pele.
Não quer perder Não quer pensar Não quer lamentar-se Não quer ligar nem mandar torpedos ameaçando a expressão de um sentimento oculto Não quer andar por aí com o desejo à solta Não quer mais a insatisfação o tempo todo de mão dada com ela Então vai, corre, segue em frente e arranca tanta dúvida, tanta confusão, mas não foge dessa vontade grande de amar que inunda os olhos. |
o mais importante ela não perdeu. Só a vontade de amar já é amor