Num primeiro momento, sem alguma intimidade – tímida; num segundo, vai se despindo de todos os pudores devagar e compassadamente... E num terceiro, se esvai tudo e fica apenas a embalagem aberta jorrando as cores do arco – íris que as crianças descem alegres; suco de laranja de manhãzinha com espuma e gominho; primeiros beijos; beijos afoitos; surpresas à Lá “Marcus André”; olhares da primeira vez; friozinho na barriga; mil sorrisos... Tantos desejos entornados em dois corpos recipientes.
Eu quero um sentimento de esperança que me pareça real e que não se dissipe em meias verdades ou meias palavras, algo verdadeiro e que eu não precise fugir do que eu quero. Chega dessa corrida de gata e rato, de sexos opostos, de marte e Vênus, amor e sexo. Desejo apenas que o meu querer seja força e coragem; segurança e desinibição. Que eu não seja a ‘polaca’, mas também não a ‘santa’. Quero ser as duas e não quero críticas nem julgamentos. Quero ter um filho, ser mulher de alguém, companheira, rabo de saia, mas não quero ser só a santa. Não quero desacreditar no meu desejo porque ele existe e é real, nem fazer dele minha vergonha. Sim, eu quero ser sua, mesmo se for só por algum ou muito tempo, mas o queiramos, porque se não o quisermos, que ele alcance outros braços, outros corpos que lhe caibam direitinho. Mas ele está aqui e não posso ignorá-lo. O pudor extinguiu-se, a vergonha deu uma saída sem ter hora para voltar... Ele agora é bicho que habita em mim e pulsa por ti. Quer mais sentimento que isso? |
querida angelita francis...espero sinceramente que seus quereres sejam atendidos...e que seu desejo real seja calmo quanto a sua realização...zunnnnnnnn