Eu vou escrever uma música Que combine com aquela tua dança Com aquela tua fala A mesma que inunda o som da nossa infância sua cabeça coberta de flores meu ombro coberto com as tuas flores & então você, ‘Marcus André’ Aparece pra mim de surpresa E adormece no meu coração Na rede carmim que nos embala Não desperta o sonho que nos une o mantém aceso sob as luzes da grande cidade irradiando satisfação a cama feita & desfeita & o meu retrato à cabeceira o vento do mar sobrevoando o nosso sexo confundindo-se ao nosso corpo & às cordas do teu coração que ironia a sua! Minha marca, meu selo, meu Não acorda agora Não acorda do sonho, deixa ele dormir a praia orna os teus braços & o mar é o ator principal do nosso filme mas você é o sol e anda sob um elefante que dança em Beirute quando nu você é verde e eu canto Nina Simone, mesmo sem saber a letra & meu inglês é pobre & então tomemos banho Livres Mas não acorda Ama assim mesmo Ou no banco traseiro de um Cadillac Ou em Marte Ou nos Arcos da Lapa Num bonde desgovernado Indo em direção a algum Paraíso Perdido Você me pergunta se há vida na minha Tatuagem de sereia que devora Meu tornozelo. Não. Mas existe muita vida em mim. Quer provar? Marcadores: Escrito ao som de Elephant Gun (Beirut) |