Toda vez é sempre assim: A vida arranca um pedaço desse meu coração que bate fraco, impotente, sem ritmo e com as artérias obstruídas (pensar que há um histórico genético nisso!). Não há nada que me irrite mais do que a linha da vida, principalmente aquela que interfere no amor quanto às expectativas e desejos. Eu aqui, sentada em minha cadeira (vale lembrar que não é poltrona, muito menos reclinável) em frente ao meu “Notebook Burguês”, esperando que algo aconteça - ou não – sendo positivo pra mim, pois, eminente é meu desespero em sentir-me egoísta. Então, é como se o copo de Coca-cola, o cigarro Marlboro (tem que ser esse cigaro “poser” mesmo!) que fumo conseguisse impedir ou aliviar a vontade que sinto de proferir uma tríade eloqüente e sucessiva de “vai tomar no Cú”. É, eu sei, se minha mãe lesse isso agora ela diria, desferindo um olhar de desprezo, que sou vulgar: "Você e seu vocabulário chulo!”. Minha mãe não hesita em usar essa carta que possui na manga para me irritar, tentando sempre me comparar às outras mulheres de nossa família: “extremamente elegantes, inteligentes e com aquele esplendor de se saberem únicas”. Que se danem!. Marcadores: escrito à 4 mãos com Bayma |